sábado, novembro 26, 2005

PÉTALAS DE ROSAS

Foi ali na Praia Vermelha, bem na frente da ECEME - escola onde se adestram os futuros comandantes do Exército Brasileiro na arte do planejamento militar - quando, durante uma solenidade, as lembranças dos ensinamentos sobre a história militar brasileira, recebidos nos tempos de cadete, brotaram em minha mente como vagas de ondas sobre a areia, ao ouvir o som compassado do movimento das pás do helicóptero que, lançando pétalas de rosas vermelhas por sobre a assistência, pairava sobre o monumento dos heróis militares que deram suas vidas para impedir a implantação do comunismo no Brasil em 27 de novembro de 1935.

A força da emoção, no momento cívico, transportou-me no tempo. O helicóptero, em movimento de aproximação, aumentava o som e lançava uma rajada de vento no rosto de centenas de militares presentes à solenidade. Parecia estar ouvindo o pipocar dos fuzis, as explosões das granadas e os gritos de horror de companheiros de farda se matando na calada da noite, como Caim e Abel, no vicejar da semente da discórdia do comunismo, lançada no seio dos quartéis das Forças Armadas do Brasil no fatídico ano de 1935. Muitos morreram, "irmão" matou irmão.

É, companheiros, não esqueçam jamais tais fatos que macularam a nossa democracia e que, se não estivermos vigilantes, podem vir a se repetir. Que sirvam de exemplo, como uma chama a sinalizar os riscos que periodicamente correm as nossas Instituições. Foi ali, naquele local, que muitos derramaram o seu sangue em nome das liberdades, valores e direitos da democracia brasileira. Hoje, no entanto, vergonhosamente, alguns insensatos acomodados querem olvidar.

Esquecer, jamais! Somos o Exército de Caxias! Nós, os militares, que percorremos juntos a história do Brasil até os dias atuais, com feridas no corpo e na alma, provocadas por traidores da Pátria, em especial nas investidas vermelhas de Natal, Recife e no Rio de Janeiro, estaremos sempre unidos, reverenciando e cultuando os nossos heróis.

Soldado não morre em vão: o corpo é enterrado, mas permanece vivo e atuante o legado dos seus ideais. Eles estão em nós. Estamos todos vivos!

Esta chama de liberdade ninguém jamais apagará. Antes de tudo, como soldados, somos patriotas, qualidade odiada pela camarilha vermelha do socialismo internacional.

Homenageava-se, no alvorecer daquele 27 de novembro, nossos heróis, bravos que não morreram em vão e que estarão sempre vivos em nossa memória dos soldados brasileiros, livres e democratas.

Assim o fizemos e assim o faremos eternamente. Essa é a nossa Pátria e esse é o nosso Exército!

Acreditem, quando alguém citar o nome de um desses bravos combatentes,com certeza ecoará, por todo o território nacional, o forte grito de um soldado do Exército Brasileiro, respondendo pelo herói: - PRESENTE!

Tenente-Coronel Misael de Mendonça, Majores Armando de Souza e Melo e João Ribeiro Pinheiro; Capitães Danilo Paladini, Geraldo de Oliveira, Benedito Lopes Bragança; 2ºs Tenentes José Sampaio Xavier e Lauro Leão de Santa Rosa; 2ºs Sargentos José Bernardo Rosa e Jaime Pantaleão de Moraes; 3ºs Sargentos Coriolano Ferreira Santiago, Abdiel Ribeiro dos Santos e Gregório Soares; 1ºs Cabos Luís Augusto Pereira e Antônio Carlos Botelho; 2ºs Cabos Alberto Bernardino de Aragão, Pedro Maria Netto. Fidelis Batista de Aguiar, José Hermito de Sá, Clodoaldo Ursulano, Manuel Biré de Agrella e Francisco Alves da Rocha; e Soldados Luís Gonzaga, Wilson França, Pércicles Leal Bezerra, Orlando Henriques, Lino Vitor dos Santos, João de Deus Araújo, Álvaro de Souza Pereira e Generoso Pedro Lima. Presente, Brasil!

CEL ERILDO