domingo, novembro 27, 2005

Toque de Silêncio

27 DE NOVEMBRO DE 1935

Um dia, já nestes tempos dos logros mentais, a criança
perguntou ao pai o que significava aquele toque saudoso e comovente
que se ouvia ao longe. O pai não lhe soube responder, mergulhado que
estava no desconhecimento da história pátria a que o atual sistema
alienante de ensino, o patrulhamento ideológico dos meios de
comunicação e o corre-corre da vida o conduziram. Jamais ouvira
falar da "Intentona Comunista de 35". Embotaram-lhe a razão e
esconderam-lhe os fatos históricos da Pátria.
Ele não sabia que, no dia 27 de novembro de 1935, o
comunismo internacional, comandado por Moscou e conduzido, no
Brasil, por Luiz Carlos Prestes e agentes da Internacional
Comunista, desencadeou uma revolução em nossa Pátria, com o objetivo
da tomada do poder; não sabia que tal revolução, que ficou conhecida
como "Intentona Comunista de 35", teve certa expressão em Natal-RN,
no Recife-PE e no Rio de Janeiro-RJ.
Em Natal, a insurreição se antecipou para 23 de novembro e
deixou um saldo macabro de, aproximadamente, 200 mortos, sem contar
o desastre político-administrativo ocorrido na Capital Potiguar,
durante os 4 dias de desmando comuno-marxista.
No Recife, o movimento insurrecional estourou no dia 24 de
novembro e encontrou tão séria resistência militar que lhe faleceu
qualquer condição de êxito, embora lhe tenham sido atribuídas da
ordem de 720 vítimas, segundo o historiador Glauco Carneiro.
No Rio de Janeiro, a ação comunista se desencadeou no dia 27
de novembro, como planejado, e se orientou para as Organizações
Militares, em especial, para a Escola de Aviação do Exército, o 1º
Regimento de Aviação, situados ambos na Vila Militar de Deodoro, e o
3º Regimento de Infantaria, localizado na Praia Vermelha. Para aqui,
os comunistas atraíram a resistência imediata de toda a 1º Região
Militar, então comandada pelo Gen. Eurico Gaspar Dutra e, ao meio-
dia, apresentaram sua rendição.
Nessas três unidades agredidas, os revoltosos deixaram o
maior número de vítimas militares, muitas delas mortas enquanto
dormiam em seus alojamentos, na madrugada daquele dia funesto.
Concluindo, a certeza de que esta explanação ajudará aquela
criança a satisfazer a sua curiosidade e a compreender que aquele
toque saudoso e comovente de um clarim longínquo é uma homenagem
sentida com que a Pátria Brasileira reverencia, todos os anos, neste
dia, as almas heróicas de todas as vítimas daquele sinistro, aqui
representadas por estes 30 mártires a seguir evocados:

- Ten. Cel. Misael de Mendonça.
- Maj. Armando de Souza Melo.
- Maj. João Ribeiro Pinheiro.
- Cap. Danilo Paladini.
- Cap. Geraldo de Oliveira.
- Cap. Benedito Lopes Bragança.
- 1º Ten. José Sampaio Xavier.
- 2º Ten. Lauro Leão de Santa Rosa.
- 2º Sgt. José Bernardo Rosa.
- 2º Sgt. Jaime Pantaleão de Moraes.
- 3º Sgt. Coriolano Ferreira Santiago.
- 3º Sgt. Abdiel Ribeiro dos Santos.
- 3º Sgt. Gregório Soares.
- 1º Cb. Luís Augusto Pereira.
- 1º Cb. Antônio Carlos Botelho.
- 2º Cb. Alberto Bernardino do Aragão.
- 2º Cb. Pedro Maria Netto.
- 2º Cb. Fidélis Batista de Aguiar.
- 2º Cb. José Hermito de Sá.
- 2º Cb. Clodoaldo Ursulano.
- 2º Cb. Manuel Biré de Agrella.
- 2º Cb. Francisco Alves da Rocha.
- Sd. Luiz Gonzaga.
- Sd. Wilson França.
- Sd. Péricles Leal Bezerra.
- Sd. Orlando Henriques.
- Sd. Lino Vitor dos Santos.
- Sd. João de Deus Araújo.
- Sd. Álvaro de Souza Pereira.
- Sd. Generoso Pedro Lima.

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3 comentários:

Camarada Arcanjo disse...

Este grupo (do qual o autor faz parte) é constituído por patriotas, brasileiros que se orgulham de seu berço, sua pátria, sua causa e seu povo.
Não cultivam uma hegemonia do Brasil sobre outras nações, outros povos. Mas antes, preocupam-se em alertar, que não permitirão que nossa pátria seja vilipendiada, roubada, ultrajada e humilhada por ações inconfessáveis de gente que despreza a pátria brasileira.

Já passou do tempo e nossas defesas estão ruídas, nosso povo cansado com a falta de resultados e decepcionado pelas escolhas erradas, que fez nos últimos tempos. Ainda abatido e desamparado, o povo brasileiro convive com uma classe política surda aos seus reclamos. Quem dará ouvidos ao povo brasileiro? Quem trabalhará para a solução dos seus problemas? Quem o defenderá?

Anônimo disse...

Nesse grupo estava o meu tio irmão de meu pai 1º Ten. Paulo Figueiredo Lôbo 3º Regimento de Infantaria situada na Vila Militar de Deodoro. Rio de Janeiro-RJ.
COMO CItADO ACIMA pelo historiador Glauco Carneiro “mortas enquanto dormiam em seus alojamentos, na madrugada”. Assim meu pai sempre me contava.

Luiz Passos disse...

Nesse grupo estava o meu tio irmão de meu pai 1º Ten. Paulo Figueiredo Lôbo 3º Regimento de Infantaria situada na Vila Militar de Deodoro. Rio de Janeiro-RJ.
COMO CItADO ACIMA pelo historiador Glauco Carneiro “mortas enquanto dormiam em seus alojamentos, na madrugada”. Assim meu pai sempre me contava.