quinta-feira, setembro 13, 2007

Ética, no Brasil, conceito sujeito a chuvas e trovoadas.

Ética, no Brasil, conceito sujeito a chuvas e trovoadas.
Produzido pelo Ternuma Regional Brasília
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado


Ética: “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto” (Dicionário Aurélio).

Perdoe-me o leitor, mas neste artigo repetirei a palavra ética e seus derivados, um sem-número de vezes, já que não me parece existir sinonímia capaz de substituir esse verbete.

Para Luís Ignácio Lula da Silva, segundo ele o homem mais ético “deste país”, o Partido dos Trabalhadores (PT) é o partido brasileiro mais ético. Ele disse isso dois ou três dias após o acolhimento pelo Supremo Tribunal Federal de denúncias contra muitos dirigentes de relevo do PT, por corrupção, formação de quadrilha e outros crimes, dos quais ele não sabe de nada, não ouviu falar e, muito menos, têm nada a ver com a sua “ética” administração.

Ainda hoje, no intervalo da transmissão de um telejornal, deparei-me com a propaganda política do Partido Popular Socialista (PPS), que se diz a agremiação mais ética do Brasil. Por que esse auto-elogio? Investem os militantes desse partido na proverbial amnésia dos brasileiros, que teriam esquecido das origens de uma organização política de fachada? E o Partido Comunista do Brasil, o velho e criminoso partidão, que lhe deu origem, foi apagado da memória da nossa gente? Para eles, certamente foram éticos os assassinatos e as traições de Luís Carlos Prestes, o ícone maior da comunalha, que não teve o menor pejo em declarar-se aliado da União Soviética na eventualidade de um conflito entre o Brasil e seus patrões vermelhos. Ah, isso era reflexo da “ética” do lado marxista-leninista de uma época de guerra fria, em que os fins justificavam os meios e até agora justificam... Às favas o verde e amarelo, desde que o rubro socialismo vencesse e vença. Souberam muito bem disso as viúvas e os órfãos da Intentona Comunista e, até, de comunistas, caídos em desgraça, justiçados por esses éticos de ocasião.



Ético, para alguns, é Fernandinho Beira-Mar, que não tem o menor prurido em reconhecer os seus “pequenos” desvios de conduta. Afinal, ele ocupava e ainda ocupa os vácuos de poder deixados pelo Estado, suprindo, pelo terror e pela violência, para os desassistidos, a ausência da ação governamental e promovendo o gozo de viciados em drogas, muitos deles integrantes das “elites” e de notórios personagens televisivos. Para ele, isso é ética puríssima, pois que sustenta o que muitos querem, mesmo que isso signifique cruéis assassinatos, vultosas propinas e, mesmo, os seus freqüentes passeios em aviões da polícia para audiências dessa justiça inepta e corrupta.

Não resisto em traçar um paralelo entre a “obra” do meliante e o resultado da “bolsa-família”. Dá tudo no mesmo. É tudo fruto de “éticos” bandidos” e “éticos” políticos, que se aproveitam disso para os seus butins.

Hoje, o presidente do Brasil esteve na Finlândia, sob o pretexto de vender a idéia do etanol. Se Deus fosse realmente brasileiro, faria com que os finlandeses pagassem a nossa tecnologia em álcool com lições de ética verdadeira. Não são eles, como dizem, o povo menos corrupto e mais avançado socialmente do mundo? Mesmo assim, num ato que achei reprovável, os dirigentes finlandeses ofereceram a Lula um brinde com champanhe sem álcool. Terá sido provocação ou achincalhe?

Voltando ao Brasil, Fernandinho Beira-Mar, infelizmente, para mim é o maior candidato à presidência desses “éticos” partidos políticos brasileiros.

Brasília, 09 de setembro de 2007.

Um comentário:

Anônimo disse...

Si, probabilmente lo e