domingo, setembro 09, 2007

O Retirante Pinóquio

RESPOSTA AO ARTIGO DO SENADOR ALMEIDA LIMA - Geraldo Almendra -
09/setembro/2007


A leviandade, o cinismo e a hipocrisia dos políticos são uma permanente homenagem aos milhões de ignorantes e imbecis que pagam seus salários e mordomias para serem feitos de palhaços e viverem de favores do Estado. Os parlamentares brasileiros são os mais bem pagos do mundo. O custo per capita anual dessa gente é de mais de 33 milhões de reais por senador e de mais de 7 milhões de reais por deputado. Os políticos brasileiros custam mais de 400 % do que os da França.

Temos que reconhecer a extrema e estranha lealdade do senador Almeida Lima ao Sr. Renan Calheiros, ao ponto de jogar sua carreira política no lixo se a sociedade conseguir reverter o processo de degradação moral e ética que tomou conta da política em nosso país, não reelegendo os cúmplices ativos ou passivos da mais prostituída fase do Congresso Nacional.

O senador Almeida Lima deveria publicar de forma explícita na revista Veja uma tradução comprobatória de todas as suas convicções, já que mergulhou em profundidade no submundo da patifaria política e conhece todas as fétidas entranhas dos escândalos que seu protegido está envolvido. Esta semana, com o título “Renan era chamado de chefe”, a revista Veja continua mostrando à sociedade, no seu dever de informar, a história de um dos mais dignos representantes da política prostituída no país.

A sociedade não pode deixar de conhecer a verdade do senador Almeida Lima – se ela existir –, que tornam o senador Calheiros inocente das denúncias e das próprias evidências que a Justiça já reconheceu dos seus atos falhos ou criminosos, na tentativa de provar sua versão do mérito das acusações que estão lhe sendo feitas.

Como cidadão, digo ao senador Almeida Lima que a questão – uma das que coloca em seu artigo – não é a transformação do Senado Federal (ou o Congresso Nacional) em uma instituição desqualificada. Esta evidência não precisa mais ser comprovada, pois ela é um fato quase que diariamente descrito pela imprensa e por alguns de seus pares, que ainda conseguem manter-se com um mínimo de dignidade, moralidade e ética. Ou seja, alguns políticos ainda têm um pouco de vergonha na cara.

Se a sociedade brasileira não fosse covarde, cúmplice ou submissa ao medo da polícia política do petismo, esses torpes senhores políticos, filhos dos ovos da serpente da degeneração da moral e da ética, não poderiam andar mais no espaço público sem serem vaiados e agredidos. Mas temos que reconhecer, somos um bando de gente passiva, apática e incapaz de defender nossa pátria da sanha comunista corrupta e prevaricadora.

Não temos coragem de sair às ruas e enfrentar, na bordoada, os guardiões do petismo, que consegue nos manter em casa e isolados das necessárias lutas pela salvação de nossa pátria com a tomada do Estado por milhares de militantes do PT.

Estamos fazendo por merecer o futuro que eles estão preparando para nossos filhos e suas famílias. O PT/Foro de SP está nos mostrando como tomar conta do país apenas com a vantagem do medo de lutarmos pela democracia, graças ao abandono que sentimos em relação à Justiça da máfia corporativista dos togados amigos e protetores do Retirante Pinóquio, o Ali-Babá que nunca sabe de nada, nunca viu nada e nunca escutou falar de nada. Temos um deficiente físico – cego, surdo, mudo – dirigindo o país.

Para a maioria dos políticos a imprensa somente é considerada correta quando vira um pelego do Estado e elogia o desgoverno comunista que está destruindo nossos sonhos de democracia e justiça social, se aproveitando do equilíbrio capitalista neoliberal promovido pelo governo FHC, mas para construir o mais sórdido sistema socialista corrupto e prevaricador que se tem conhecimento na história da civilização ocidental; no momento certo os canalhas apátridas do mercado financeiro, que estão ajudando a financiar a construção do Estado Comunista de Direito, irão sentir o gosto do veneno marxista- leninista.

O Sr. senador Almeida Lima, através de seus assessores escribas, declara que a mídia é abjeta, desqualificada, torpe, impudica e manipuladora dos fatos e das pessoas. Isto é uma brincadeira de péssimo gosto diante do histórico da corrupção, da prevaricação e do sórdido corporativismo em que estão mergulhados os podres poderes da República.

Saiba senador, se a mídia - que o Sr está duramente criticando -, fosse um pouco mais corajosa e menos dependente das verbas de propaganda e financiamentos deste desgoverno, além de parcialmente cúmplice dos poderes instituídos, independente do seu caráter imoral e aético, este Congresso já teria sido destituído, simplesmente porque este podre parlamento, uma verdadeira casa de tolerância da corrupção e da prevaricação, somente é “legítimo” diante de uma Justiça entregue ao corporativismo sórdido e ao relativismo das relações públicas e privadas corruptas.

Todos os cidadãos honestos estão percebendo o quanto é descarada a edição dos fatos no principal telejornal do país para preservar um mínimo de respeito por uma classe que não merece mais qualquer respeito, classe que é a de vocês, políticos.

Quanto à Internet que o Sr cita como massa de manobra, é ainda o único espaço que dispomos para alertar a sociedade sobre o perigo que a absurda prostituição da política representa para o nosso país.

Na verdade, massa de manobra é uma comunidade formada por mais de 50 milhões de miseráveis e dependentes do assistencialismo populista, que somente vivem nessa condição porque a classe política, vocês, servis de oligarquias prostituídas e traidoras de nossa pátria, durante décadas, após o regime militar, têm pactuado com o desvio do dinheiro público para o bolso dos canalhas da corrupção e da prevaricação.

Utilizando os seus termos, aqueles que vivem a chafurdar como os porcos, cometem o equívoco de imaginar que a sociedade irá eternamente aceitar ser humilhada pelas quadrilhas organizadas que se apossaram do poder público. Um dia, o medo, a apatia e a passividade irão virar uma fúria de uma massa sem controle que os colocarão perfilados no muro da vergonha. Vocês e seus descendentes irão fazer por merecer o que isto significa.

Que Deus o puna duramente por ter usado o seu nome em defesa de um ser humano peçonhento que agora tem sua podre biografia, e sua vida enfadonhamente corrupta e prostituída, divulgadas para todo o país aprender e entender, de forma definitiva, a alma pérfida do tipo de gente que nos faz de palhaços em nome de um sapo venenoso que saiu do pântano pelo beijo da princesa da promessa de democracia, e que agora está entregando o país nas mãos de comunistas, seqüestradores, estupradores, ladrões de bancos e seus cúmplices.

Sr Almeida Lima. Se o caso do senador Renan Calheiros for arquivado e este senhor não for duramente punido pela definitiva desonra do Parlamento, a moralidade, a ética, e a Justiça, serão todos “arquivados”, e a fronteira para migrarmos para uma sociedade de bárbaros estará muito tênue, por tudo o que está acontecendo na alma dos revolucionários que estão se formando, incluindo este que está lhe escrevendo, e pela degradação da vida nas entranhas dos guetos residenciais em todo o país, locais miseráveis que vocês, políticos, ajudaram a enfurnar milhões de excluídos das oportunidades de obterem educação, trabalho e cultura.





Geraldo Almendra

09/setembro/2007

ANEXO



Artigo do Senador Almeida Lima cid:image001.jpg@01C7F30C.76296550

Sede de justiça



Embora eu tenha convicção de que o caso Renan Calheiros será arquivado, mesmo assim, qualquer que seja a decisão que o Senado Federal venha a tomar na próxima quarta-feira eu sairei desse episódio fortalecido em minhas convicções e conquistando um rico e diversificado manancial que será captado sempre que desejar ampliar e aprofundar as reflexões que faço acerca da natureza do Homem – a sua diversidade de caráter, as distorções de personalidade (virtudes e fraquezas), seus valores morais e até mesmo a ética, entendida como a apreciação que se faz da conduta humana, e que hoje procura considerar “virtudes” todas as suas debilidades, desde que sirvam de instrumentos para alcançar o sucesso. É desta forma que o oportunismo, a demagogia, a leviandade, a deslealdade, a simulação, a dissimulação, a hipocrisia e tantas outras nulidades têm sido consideradas comportamentos normais, aceitos por essa “ética de conveniência” e, automaticamente, incorporados à vida moral dessa “sociedade” abominável.

Este episódio do Senador Renan Calheiros me deu a condição de observador participativo. Nele eu mergulhei em profundidade e dele conheço todas as suas entranhas. Estive durante todo este tempo em uma posição qualificada, pois eqüidistante de qualquer sentimento que não fosse o de fazer justiça, observando tudo nos seus mínimos detalhes e a todos nos seus mínimos comportamentos. Hoje me sinto em condições de dar a minha contribuição para que o Senado Federal não seja transformado numa instituição desqualificada pela submissão ao medo, pela covardia e pela alienação de parte de seus membros, como tenta infundir e impingir a imprensa nacional que atinge ao seu mais baixo nível de jornalismo.

Estamos diante de uma mídia abjeta, desqualificada, torpe, impudica e manipuladora dos fatos e das pessoas, cujo objetivo é a difusão de que é poderosa para se fazer temida e, assim, fazer-se substituir às instâncias do Poder e, a partir daí, ditar os seus interesses e os interesses de quem, circunstancialmente, estiver a representar. Tudo isto tem sido obra da opinião publicada, uma resultante da divulgação distorcida de fatos e da “análise” desses mesmos fatos já distorcidos elaborada bem a gosto de uma parcela da sociedade que vive em conflito, até mesmo legítimo, com o Poder constituído e de outra parcela bem alienada que tem servido de massa de manobra e que tem trânsito permanente na internet.

Este é o instrumento de pressão que se aplica contra aqueles que, de fato, têm contas a prestar ou têm culpa no cartório, como se diz no popular, e contra os fracos de espírito e de convicção que se deixam impregnar da assertiva de que eles próprios e o Senado Federal somente ficarão de bem com a opinião pública se promoverem a cassação de qualquer de seus membros, mesmo que se tenha certeza de que se estará a cometer uma ignominiosa injustiça. No entanto, este instrumento de pressão jamais poderá alcançar e submeter aqueles que não atendem a este perfil, daí, resistir ser preciso.
Sabe-se que a atividade política já desfruta de uma ética especial, mas a ânsia pelo Poder tem levado certos políticos a querer se atribuir o direito a comportamentos que pretende considerar “morais”, embora extravagantes e dissociados de qualquer padrão ético aceitável em qualquer tempo ou lugar. A verdade é que jamais se construirá uma Nova Ordem Moral sem a defesa e a manutenção de princípios morais como a verdade e a justiça tão vilipendiados nesse episódio do Senador Renan Calheiros.

Portanto, aqueles que vivem a chafurdar como os porcos, cometem o equívoco de imaginar não ser crível um político abraçar uma causa impulsionado, tão somente, pelo sentimento de justiça. Por certo esses desconhecem ou não crêem na palavra de Cristo em Mateus 5.6 que diz: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos”.

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