terça-feira, junho 12, 2007

Os mil "Sombras" do PT

Lembra-se do primeiro escândalo envolvendo o lulo-petismo?
Foi a morte do coordenador do programa de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à eleição de 2002, o prefeito de Santo André, Celso Daniel. O até agora principal suspeito, Sérgio Gomes da Silva, não por acaso o "Sombra", passou da condição de segurança do prefeito a empresário em um espaço de tempo que revela ou notável criatividade ou notável malandragem.
Lembremos ainda que a família de Daniel insiste até hoje, passados cinco anos, que a morte do prefeito está ligada às denúncias de cobrança de propina de empresários do setor de transportes em Santo André. O prefeito teria tentado impedir o funcionamento do esquema.

O que há de similar nesse episódio e nos muitos que envolveram lulo-petistas daí em diante ou mais fortemente a partir da chegada ao poder federal? É a quantidade de "Sombras" que trabalham com ou para o PT e que exibem sinais exteriores de riqueza e/ou poder incompatíveis com o passado
.

Esse tipo de personagens aparece no "mensalão", nos sanguessugas, no episódio Gautama e agora, na "Operação Xeque-Mate", esta envolvendo em diálogos comprometedores até o irmão do presidente da República. Fica evidente que a emergência do PT, em vez de ser a ascensão ao poder da classe operária, ao contrário do que indicaria o nome do partido, permitiu a ascensão de uma classe empresarial cujos negócios são feitos à sombra do poder, em conluio com funcionários públicos ou com gente que tem ou diz ter (caso Vavá) as chaves para abrir portas (ou cofres) no governo.
É cinismo os dirigentes do partido alegarem ignorância sobre cada um e todos os escândalos. Nos governos passados, sentiam mau cheiro até onde, às vezes, nem havia. Agora, têm narizes, olhos e ouvidos tapados. Por conivência ou por omissão, são tão culpados quanto os "Sombras".
Clóvis Rossi - crossi@uol.com.br

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