terça-feira, dezembro 08, 2009

Excluindo a podridão

por João Bosco Leal*

Ao meditar sobre as manchetes jornalísticas veiculadas na última semana – Mensalão do DEM; Ocupação petista do Banco do Brasil gera prejuízos milionários à instituição; Patrimônio de Arruda cresce mais de 1.000%; Marcos Valério reaparece, envolvido em escândalo do DF; PSDB tenta se blindar e isolar escândalo em MG -, acabo me questionando sobre a popularidade do Presidente Lula e a moral do brasileiro como um todo.

Pelas manchetes, notamos que a corrupção é generalizada, envolvendo os maiores partidos políticos – DEM, PT, PSDB e PMDB -, os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, a dilapidação do patrimônio público e crescimento assombroso do privado.

Por outro lado, com a distribuição de cestas básicas e tantos outros vales – gás, moradia, etc.-, parece que o presidente comprou a população brasileira menos esclarecida e de menor interesse no noticiário, de tal forma que esta não se preocupa mais com o país e sim com as benesses que receberá a cada fim de mês.

Os brasileiros que recebem essas cestas e vales, normalmente os de mão-de-obra menos qualificada, criarão seus filhos sem nada fazer, e estes também acreditarão que o governo os proverá sempre, pois é assim que estão sobrevivendo seus pais. São brasileiros sem futuro algum, pois o governo não os ensina a pescar, o que poderia ser feito investindo-se em sua qualificação profissional e educando-os, preferindo, no entanto, dar-lhes o peixe na cesta básica.

A classe política alimenta essa população dessa maneira, desejando que permaneçam assim, pensando exclusivamente em votos para continuar no poder, pois a população menos esclarecida culturalmente também o é politicamente, tirando proveito do silêncio da mesma para a dilapidação do país.

O Poder Judiciário se cala diante do quadro e, em contrapartida, aumenta repetidamente seus proventos, tendo ainda alguns de seus membros envolvidos nos mensalões.

O Poder Executivo, na sombra de seu líder maior, sonha com a perpetuação no poder e se abraça cada vez mais a políticos radicais que não têm nenhum interesse em seus povos, a exemplo de Hugo Chaves, Evo Morales, Manuel Zelaya e agora o mais recente amigo de Lula, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Os patriotas – como o produtor rural brasileiro, a classe operária e os industriais que continuam investindo no país – é que produzem o suficiente para toda essa quadrilha roubar e ainda conseguem pagar a dívida externa e sustentar a enorme máquina do governo com seus apadrinhados, funcionários fantasmas, laranjas e vagabundos em geral.

Só nos faltava agora se Lula aprendesse com Ahmadinejad e tratasse as frutas podres da classe política como se tratam os bandidos e ladrões no Irã, enforcando-os ou amputando-lhes as mãos, coisa que certamente não faria, pois são todos seus amigos.

De qualquer forma, a exclusão da podridão na política brasileira traria com certeza novas e sadias frutas para esse meio, erguendo a moral do povo e, certamente, faria com que aqueles que só recebem passassem também a dar algo ao país.

(*)João Bosco Leal é produtor rural e ex-presidente do MNP.

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